quarta-feira, 25 de novembro de 2009

PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO FINAL DE 2009

PROJETO DE EXTENSÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

DEPTo GEOGRAFIA - INSTo GEOCIÊNCIAS e COLÉGIO DE APLICAÇÃO / UFRJ

COORDENAÇÃO: MARIA NAÍSE DE O. PEIXOTO e VÂNIA NUNES MORGADO

DESENVOLVIMENTO DE OFICINAS DIDÁTICAS COM PROFESSORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE VOLTA REDONDA (RJ)

PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO FINAL DE 2009

DATA: 26/11/2009

LOCAL: SECRETARIA DE EDUCAÇÃO - PMVR

Cronograma:

13:00-13:15h - 1º MOMENTO:
· Recepção, apresentação do planejamento, lista de presença.
13:15-15:30h - 2º MOMENTO:
· 1ª Atividade: Discussão dos conceitos planejados na 3ª Oficina Didática:
· 2ª Atividade:
- Revisão dos Roteiros de Atividades, especialmente da sua relação com os conceitos e conteúdos, e complementação com o relato das atividades desenvolvidas / em andamento nas escolas, materiais utilizados etc.
- Formatação final do Caderno de Atividades No. 1 com os professores das escolas Tocantins, Rubens Machado, Mato Grosso do Sul, Juarez Antunes e Hilton Rocha.
15:30-16:30h - 3º MOMENTO:
· Planejamento de 2010: dias/horários e discussão de projeto a ser submetido à FAPERJ.
· Formatação de questionários para aplicação nas comunidades escolares.
16:45-17:30h - Confraternização

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

INFORMAÇÃO URGENTE

Olá, Pessoal

Como (quase) todos sabem, eu, Maíra Matos, fiquei responsável por criar uma lista de discussão onde todos poderiam participar por e-mail, justamente para facilitar nossa comunicação. Mandei os convites, mas percebi que ninguém havia ainda aceitado.

Mandei, então, um e-mail para todos vocês, pedindo que checassem sua caixa de spams à procura do bendito covite, mas eis que vários dos seus e-mails retornaram com erro.

Por isso peço encarecidamente que POR FAVOR CHEQUEM E ATUALIZEM SEUS E-MAILS

Só assim a lista de discussão terá a eficiência desejada na nossa comunicação, reclamada por muitos de vocês no último encontro.

Um grande abraço complexo, e até mais!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

PROGRAMAÇÃO DA TERCEIRA OFICINA DIDÁTICA DE 2009

PROJETO DE EXTENSÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA - INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E COLÉGIO DE APLICAÇÃO / UFRJ
COORDENAÇÃO: MARIA NAÍSE DE O. PEIXOTO E VÂNIA NUNES MORGADO
DESENVOLVIMENTO DE OFICINAS DIDÁTICAS COM PROFESSORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE VOLTA REDONDA (RJ)
PROGRAMAÇÃO DA TERCEIRA OFICINA DIDÁTICA DE 2009
DATA: 05/11/2009
LOCAL: SECRETARIA DE EDUCAÇÃO - PMVR

Cronograma:

13:00-13:15h - 1º MOMENTO:
* Recepção, apresentação do planejamento, lista de presença.

13:15-15:00h - 2º MOMENTO:
* 1ª Atividade - Apresentação e discussão do exercício de regionalização efetuado pelos grupos/escolas, a partir da imagem do município.

* 2ª Atividade - Relato das atividades desenvolvidas / em andamento nas escolas, com o roteiro executado, e discussão de conceitos / conteúdo

15:00h-15:15h Pausa para o café

15:15-17:00h - 3º MOMENTO
* 3ª Atividade - Leitura e discussão do texto de Carlos Frederico Loureiro: Educar, participar e transformar em educação ambinetal (Revista brasileira de Educação Ambiental, nº 0, 2004); "mapeamento" de conceitos

* 4ª Atividade - Formatação do caderno de atividades com os professores das escolas Tocantins, Rubens Machado, Mato Grosso do Sul, Juarez Antunes e Hilton Rocha.
*

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

PROGRAMAÇÃO DO 1º TRABALHO DE CAMPO VINCULADO ÀS OFICINAS DIDÁTICAS

PROJETO DE EXTENSÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
NEQUAT- NÚCLEO DE ESTUDOS DO QUATERNÁRIO & TECNÓGENO - INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS/UFRJ e COLÉGIO DE APLICAÇÃO/UFRJ
SME - SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO de VOLTA REDONDA (RJ)
COORDENAÇÃO: MARIA NAÍSE DE O. PEIXOTO e VÂNIA NUNES MORGADO / UFRJ
IRINÉA PEREIRA BRÍGIDA / SME-VR

DESENVOLVIMENTO DE OFICINAS COM PROFESSORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE VOLTA REDONDA (RJ)

PROGRAMAÇÃO DO 1º TRABALHO DE CAMPO VINCULADO ÀS OFICINAS DIDÁTICAS


DATA: 12/09/2009

Cronograma:

08:00-08:15h - Local: Auditório da Secretaria Municipal de Educação
· Recepção, apresentação do planejamento, lista de presença.

08:30-13:30h – Percurso nos bairros e localidades definidas pelo grupo.
· Obtenção de fotografias

13:30-14:30h - Almoço

14:30-16:30h - Local: Auditório da Secretaria Municipal de Educação
· Trabalho com as imagens obtidas pelos professores;
· Debate sobre o texto “O olho que observa: dez versões da mesma cena”, de Donald W. Meinig;
· Planejamento da atividade didática a ser realizada nas escolas Tocantins, Rubens Machado, Mato Grosso do Sul e Juarez Antunes.

16:30-17:00h – Avaliação e Encerramento

ATENÇÃO

1 - Recomenda-se que os professores usem trajes confortáveis e que protejam o corpo – calça comprida, blusa de malha ou tecido leve, tênis ou sapato fechado sem salto – e tragam proteção para sol (boné, protetor solar) e chuva (capa e/ou guarda-chuva).
2 - Trazer também máquina fotográfica e cabos para baixar arquivos digitais de fotos, tudo etiquetado com nome.
3 – Será fornecido almoço pela SME / VR
4 – Levar Pendrive

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

PROGRAMAÇÃO DA 1A. OFICINA DIDÁTICA DE 2009

PROGRAMAÇÃO DA 1A. OFICINA DIDÁTICA DE 2009
DATA: 03/09/2009LOCAL: SECRETARIA DE EDUCAÇÃO - PMVR

Cronograma:

13:00-13:15h - 1º MOMENTO:
· Recepção, apresentação do planejamento, lista de presença.

13:15-14:30h - 2º MOMENTO:
· 1ª Atividade – Fernando Reis e equipe/UFRJ: Percepção Ambiental e Educação.

14:30-15:00h - 3º MOMENTO:
· 2ª Atividade – Trabalhando a percepção ambiental nas imagens obtidas pelos professores no campus do Fundão/UFRJ.

15:00-15:15h - Pausa para o café

15:15-16:00h - 4º MOMENTO:
· 3ª Atividade - ORGANIZAÇÃO COLETIVA da atividade a ser realizada pelos professores com os alunos nas escolas Tocantins, Rubens Machado, Mato Grosso do Sul e Juarez Antunes.

16:00-16:30h - 4º MOMENTO:
· 4ª Atividade - DEBATE sobre o texto “O olho que observa: dez versões da mesma cena”, de Donald W. Meinig, e ORGANIZAÇÃO COLETIVA do Trabalho de Campo a ser realizado no dia 12 de setembro de 2009, em Volta Redonda.
16:30-17:00h - 5º MOMENTO:

· Avaliação da 1ª Oficina Didática.


Obs: É MUITO IMPORTANTE QUE OS PROFESSORES CONSIGAM CHEGAR NO HORÁRIO PROGRAMADO PARA A 1ª ATIVIDADE DA OFICINA, POIS O TRABALHO COM AS IMAGENS E AS DEMAIS ATIVIDADES DEPENDEM DESTA DISCUSSÃO INICIAL !!!

Texto Obrigatório: Clique Aqui

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

PROGRAMAÇÃO DA VISITA DOS PROFESSORES DE VOLTA REDONDA À UFRJ DATA: 13/08/2009

Cronograma:

9:00-9:30h - 1º. MOMENTO:
• Chegada e café da manhã;
• Recepção pela coordenação de curso, apresentação da programação, lista de presença e identificação.

9:30-11:00h - 2º. MOMENTO:
• Retomando a discussão sobre os projetos nas escolas. Participação especial: Prof. Ênio Serra (Faculdade de Educação/UFRJ).

11:00-12:00h - 3º. MOMENTO:
• Prof. Paulo Cesar da Costa Gomes (Depto. Geografia/UFRJ: Espaço e Cidadania

13:30-14:50h - 5º. MOMENTO:
• Patrícia (museóloga do Depto. de Geologia/UFRJ): Exposição e visita ao Museu da Geodiversidade. Participação especial da Profa. Cícera Neysi (Depto. Geologia/UFRJ).

15:00-15:30h - 6º. MOMENTO:
• Fechando o dia: Avaliação do dia e planejamento conjunto das Oficinas Didáticas de 2009/2.

Como chegar:



sexta-feira, 10 de julho de 2009

VI Fórum Brasileiro de Educação Ambiental

Vem aí o VI Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, evento em âmbito nacional, promovido pela Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA), coletivo que reúne mais de 40 redes de educação ambiental e educadores ambientais do país.

O evento acontecerá de 22 a 25 de julho deste ano no campus da Praia Vermelha, da UFRJ. O endereço da universidade é Avenida Pasteur, 250, no bairro da Urca, no Rio de Janeiro/RJ. O Coordenador do VI Fórum, o educador ambiental Declev Dib-Ferreira, estima a participação de mais de 4 mil participantes inscritos.

Acontecerão, durante os 4 dias, cerca de 100 minicursos e oficinas, 10 mesas-redondas, 20 Jornadas Temáticas, Encontros paralelos, lançamentos de livros, shows musicais, festival de vídeos, apresentação de pôsteres, lançamento de livros e o lançamento do número 4 da Revista Brasileira de Educação Ambiental.

Responsável pela organização da programação, construída coletivamente com os membros da REBEA e redes e coletivos parceiros, a educadora Jacqueline Guerreiro informa que este fórum terá algumas atrações inovadoras, como o VI Fórum Virtual, espaço onde se organizarão Fóruns de Discussão, o Espaço Ecumênico e o Espaço Semente com atividades educativas para crianças.

Ocorrerão encontros importantes como o Encontro Comunitário de Educação Ambiental, organizado pela Federação de Associações de Moradores e a Associação de Favelas do RJ, o Encontro das Salas Verdes, o Encontro de Coletivos Educadores e o Encontro dos representantes da sociedade civil nos Colegiados do SISNAMA. O Fórum também conta com o apoio da ABRACO – Associação Brasileira de Rádios Comunitárias que transmitirá ao vivo do Fórum para cerca de 100 rádios comunitárias.

O Fórum também se configurará como um espaço de diálogo entre a REBEA e demais redes ambientais, como a ANAMMA, a Rede Brasileira de Agendas 21 Locais, Rede da Juventude pelo Meio Ambiente, Rede de Justiça Ambiental, Rede Ecossocialista, Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA), Rede de Educomunicação Ambiental (REBECA), Fórum Brasileiro de Ongs e Movimentos Sociais, APEDEMA-RJ.

Integrantes dos Colegiados Ambientais do SISNAMA, das Comissões Organizadores Estaduais da Conferência Nacional de Meio Ambiente e Conferência Infanto-Juvenil de Meio Ambiente estarão organizando atividades e educadores ambientais de Angola e da América Latina estarão presentes.

Estarão presentes ao VI Fórum a mãe e a filha de Chico Mendes: Ilzamar Gadelha Bezerra Mendes e Elenira Gadelha Bezerra Mendes, que farão uma exposição no Espaço Chico Mendes, no dia 23. A Xamã Anna Xara fará dinâmicas de grupo ao ar livre nos dias 23, 24 e 25, culminando com uma ciranda no dia 25, início do ano no calendário maia. O evento também contará com a presença de Giancarlo Summa, diretor do Centro de Informações da ONU.

Todos os informes, inscrições, valores, inscrição de trabalhos podem ser feitos no site do evento, que será muito mais que um espaço de divulgação de informação, mas um espaço interativo, de discussões, trocas e permanente construção em prol da qualidade da educação ambiental brasileira.

Programação

quarta-feira, 1 de julho de 2009

TERCEIRA OFICINA TEMÁTICA DE 2009

PROGRAMAÇÃO DA 3A. OFICINA TEMÁTICA DE 2009
DATA: 02/07/2009
LOCAL: SECRETARIA DE EDUCAÇÃO - PMVR

13:00-13:10h - 1º. MOMENTO:
• Apresentação do planejamento e abertura do debate (a lista de presença correrá na sala do encontro).

13:10-14:15h - 2º. MOMENTO:
• 1ª. Atividade - Debate online sobre a entrevista com Fernando Hernández. Mediadoras: Profa. Vânia Morgado (UFRJ) e Profa. Irinéa Pereira Brígida (SME/VR).

14:15-14:45h - 3º. MOMENTO:
• 2ª. Atividade - Escrita INDIVIDUAL de texto a partir do debate e das próprias reflexões

• 14:45-15:15h - Pausa para o Café

15:15-16:15h - 4º. MOMENTO:
• 3ª Atividade - DEBATE COLETIVO sobre questões levantadas (aberto online). Formulação de síntese das discussões efetuadas pelo grupo. Mediadora: Profa. Irinéa Pereira Brígida (SME/VR).

Obs: a ESCRITA INDIVIDUAL sobre as questões levantadas nesta atividade será enviada por cada professor para o email nequat.ufrj@gmail.com.

16:15-16:30h - 4º. MOMENTO:
• Discussão sobre o calendário inicial proposto para as Oficinas Didáticas.
• Verificação da possibilidade de um trabalho de campo em dia de sábado (das 8 às 18 horas).

16:30-17:00h - 5º. MOMENTO:
• Avaliação da 3ªOficina Temática (FICHAS INDIVIDUAIS).


Texto obrigatório: (clique no link e depois em "download now". Salve no seu PC e leia)

link

segunda-feira, 29 de junho de 2009

RELATÓRIO DA OFICINA REALIZADA NO DIA 04 DE JUNHO DE 2009

1o Momento:
No 1º Momento, houve a exposição da pauta da oficina, seguida pela atividade de construção da linha do tempo a partir do material trazido pelos professores (o material deveria conter memórias que se relacionassem com a história pessoal na cidade de Volta Redonda). O recorte temporal foi da década de 1940 até os dias atuais. Dentre os objetos expostos ressaltamos as fotografias, utensílios, documentos e um catálogo de fotos antigas; além de alguns relatos dos professores presentes.


2º Momento:
No 2º Momento, foi feito o desenvolvimento da linha do tempo, através de um paralelo com a história da Educação Ambiental no mundo e os principais acontecimentos no Brasil, traçados pela professora Andréa Sampaio. Os elementos apresentados pelo grupo foram: a) a construção da CSN / evolução da cidade de Volta Redonda / ações governamentais sobre a preservação ambiental como parques, reservas e fundações – FBCN (Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza) / legislação ambiental; b) atividades realizadas nas escolas / a importância da presença de alguns professores na escola desde a sua fundação / a presença do sindicato na vida do profissional de educação / conferências e relatórios sobre o meio ambiente (Clube de Roma, 1972); c) produção familiar (filhos) / experiências na escola com projetos / transformação do espaço da cidade / legislação ambiental, conferências, protocolos (ex. protocolo de Kioto, ECO 92).
Obs: Os slides sobre o percurso histórico da questão ambiental no mundo, encontra-se em anexo.

3º Momento:
Apresentação do vídeo Ilha das Flores, de Jorge Furtado.


4º Momento:
Após o vídeo, foi feita uma leitura silenciosa pelo grupo sobre o texto: O Lixo e a Questão Ambiental, de Fábio Neves. A idéia foi relacionar aspectos (cenas) do filme com algumas questões levantadas no texto. No debate foram destacados os seguintes pontos a serem trabalhados na relação homem x lixo:

O lixo como alimento (fonte de sobrevivência).
O lixo como dejeto (despejado longe do alcance do homem).
“Pensar” o lixo – “o meu, o teu, o nosso” lixo.
Lixo real x pseudo lixo.
Repensar a utilidade do lixo.
O lixo como responsabilidade social.
A produção do lixo na sociedade capitalista.
Ações da sociedade civil (supermercados cobrando pelas sacolas plásticas (parcela da população não gostou, o dinheiro era re vertido para APAE)).
Alternativas de se utilizar o lixo – reciclagem (confeccionar bolsa ecológica).
Educação Ambiental (lixo nas ruas, lixo dos restaurantes, a questão das fraldas descartáveis).
O “olhar’ sobre as pessoas que trabalham com o lixo (garis – auxiliar de limpeza urbana)”.
Para onde vai o lixo.

5º Momento:
Foi iniciado o exercício de pensar na Rede do Lixo.

Tipos de lixo: domiciliar – industrial – comercial – hospitalar

Modelo de sociedade e modelo de gestão

Esferas que cuidam do lixo: município e sociedade civil

Município
Função: coletar, transportar, armazenar e cuidar do lixo produzido pela população.

Questões: serviços de coleta, limpeza pública, coleta seletiva, reciclagem, fiscalização e tratamento.

Sociedade Civil
Função: Quem produz o lixo?

Questões: relação homem – lixo, repensar o que consome, selecionar o lixo, contribuir/ fiscalizar as ações do Município.


6o Momento:
Ao final, foi feita a avaliação da oficina e lançadas sugestões para o próximo encontro:

• Pauta extensa – reduzir a quantidade de atividades desenvolvidas em cada oficina.

• Reforçar a idéia do caderno de atividades e diferenciar oficinas temáticas de oficinas didáticas.

• Boa interação do grupo com as atividades propostas.

• Necessidade de alteração do calendário (dia da 3a oficina) devido às atividades realizadas pela Secretaria de Educação.

• O grupo sugeriu como encaminhamento à seleção de textos e atividades para serem trabalhadas no período do recesso.

Foi pedido que todos pensassem na rede do lixo a partir da realidade do Município de Volta Redonda.

domingo, 31 de maio de 2009

2a Oficina Temática – Volta Redonda - Textos

O Lixo e a Questão Ambiental[1]

Fábio Neves


A gestão dos resíduos sólidos[2] é, sem dúvida, um dos maiores desafios para as grandes cidades do século XXI. É comum lermos notícias sobre: a ausência da coleta do lixo nas periferias dos grandes centros urbanos, o fim do tempo de vida útil dos aterros sanitários, a reação de moradores contra a implantação de um aterro em seu bairro, entre outros sintomas do problema do tratamento e da gestão de nossos dejetos[3].

A história da relação do homem com os seus dejetos e, especificamente, com o lixo sempre esteve marcada por estigmas, repulsa e dificuldades. Estigma com relação às pessoas que lidam com o lixo e com os dejetos produzidos. No passado eram, geralmente, prisioneiros de guerra, condenados, escravos, ajudantes de carrascos, prostitutas e mendigos que se ocupavam dos serviços de limpeza pública, ou seja, as “camadas socialmente inferiores”. Até hoje, na Europa, pode-se observar a prevalência de estrangeiros no trato dos resíduos sólidos[4]. A repulsa pode ser observada nos significados dos termos equivalentes a lixo em outros idiomas. O alemão Abfall, o francês déchet e o inglês formal refuse indicam aquilo que deve ser mantido longe, que é recusado. As dificuldades com a gestão dos resíduos sólidos apareceram mesmo em capitais européias, como podemos observar no trecho de obra de Victor Hugo:


“Às vezes, os canos de Paris entravam a transbordar, como se aquele desprezado Nilo subitamente se encolerizasse, causando coisa vergonhosa, inundações de lixo. Se aquele estômago da civilização digeria mal, a cloaca refluia à garganta da cidade e Paris tinha o ressaibo da sua lama!”
[5]

Diante das dificuldades decorrentes da produção de lixo nas cidades, foram tomadas medidas para sanar e amenizar a insalubridade nas ruas. Em Atenas, no ano de 320 a.C., já existiam deliberações sobre a limpeza pública. Limpadores de ruas chamados de kropologen eram os responsáveis pela salubridade das ruas principais. Medidas de limpeza e reaproveitamento de materiais foram estratégias utilizadas pelas mais variadas nações para resolverem a questão dos resíduos. O reaproveitamento do lixo orgânico como fertilizante para o solo e a seleção de materiais na Roma Antiga através dos coletores que trabalhavam nas desembocaduras das cloacas – chamados de canicolae – foram estratégias utilizadas ao longo da história das cidades[6].

E assim nota-se que mesmo percebendo o lixo como um símbolo de ameaça, a idéia de repulsa absoluta quanto aos dejetos já era questionada mesmo durante o Império Romano. Isso significa que o lixo tem com o homem uma relação ambígua, que às vezes representa ameaça e outras vezes utilidade, como é demonstrado na citação: “As fezes (como elemento de fertilização) foram decisivas para o nascimento das cidades”.

Pensando na cidade como um grande sistema, composto por partes interdependentes que caracterizam o funcionamento desse todo, é possível reconhecer que ela depende de um subsistema de abastecimento que deverá suprir suas necessidades, com alimentos (cultivados no campo), matérias-primas, entre outros elementos. Um outro subsistema que está ligado à cidade é o de seu desabastecimento (da eliminação de objetos inúteis e dos dejetos humanos). O subsistema de desabastecimento, do qual faz parte a gestão dos resíduos sólidos, sempre foi um problema nas grandes aglomerações humanas. Os esforços para escoar águas servidas e dar destino ao lixo e aos cadáveres fazem parte da vida urbana.

Neste início de século, o lado dramático da questão do lixo, enquanto problema ambiental urbano, está relacionado a dois fatores: o aumento contínuo da grande massa de resíduos e a escassez ou esgotamento de espaços propícios à disposição do lixo. As mudanças na composição e na quantidade do lixo produzido em cidades milionárias, cada vez mais populosas, e seus problemas correlatos de destinação e tratamento demonstram a obsolescência de nossos sistemas de gestão dos resíduos sólidos. O esforço para a resolução da questão do lixo perpassa pela mudança de uma concepção secular de repulsa e afastamento. Necessita de uma aceitação do lixo como problema social e que diz respeito a todos e envolve a ação em várias escalas. Desde o indivíduo em sua residência através da separação do lixo para a coleta seletiva, passando pelas municipalidades (atuais gestores dos resíduos sólidos no Brasil), até a ação integrada de vários níveis de governo para enfrentar o problema e propor alternativas. Para o indivíduo, o problema do lixo parece acabar quando este o leva para fora de sua residência, passando a se tornar responsabilidade do Estado. Assim, é pouco provável que este indivíduo reflita sobre para onde vão os resíduos sólidos, qual o volume que ocupam, aonde são dispostos, quais impactos provocam nos sistemas ambientais, quais as potencialidades do seu reaproveitamento e qual é a sua durabilidade. É somente na emergência das situações calamitosas ou situações-limite que o cidadão adquire algum grau de consciência da relevância da coleta pública do lixo e da quantidade dos resíduos produzidos diariamente[3].

Pensar o lixo também significa atentar para a concepção do lixo não como um material, mas como um conjunto de objetos poliformes e de composição variada. Assim, podemos dividir esse conjunto em materiais reaproveitáveis ou não, o que significa que surgem duas classificações: o lixo real e pseudo-lixo. O primeiro corresponde ao material absolutamente inaproveitável, sem nenhum valor econômico ou social, que deve ser isolado, mantido longe da população. O último é o lixo que pode ser reaproveitado, que diante das técnicas de transformação de materiais pode se tornar matéria-prima para atividades de produção, possui, portanto, um valor exprimível. O tipo de material que pode ser considerado pseudo-lixo varia no tempo e no espaço, através das opções técnicas disponíveis para reutilização desses materiais[8].

A estreita relação entre os resíduos sólidos, a cidade e a sociedade nos revela que o lixo é uma testemunha do desenvolvimento do homem, dos seus hábitos, dos seus costumes, das suas práticas e das suas crenças. É um objeto de estudo que nos revela, através das sobras do consumo no cotidiano, traços sociais dos mais diversos possibilitando um diagnóstico de determinada sociedade – o que já é feito por uma ciência chamada de rudologia, que utiliza a lixeira como objeto de estudo. Assim, por que não nos referirmos ao lixo como um espelho social?

Lixo[9]

Luis Fernando Veríssimo

Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam
— Bom dia...
— Bom dia.
— A senhora é do 610.
— E o senhor do 612.
— É.
— Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
— Pois é...
— Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
— O meu quê?
— O seu lixo.
— Ah...
— Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
— Na verdade sou só eu.
— Mmmm. Notei também que o senhor usa muita comida em lata.
— É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
— Entendo.
— A senhora também...
— Me chame de você.
— Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
— É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes.

Mas como moro sozinha, às vezes sobra...
— A senhora... Você não tem família?
— Tenho, mas não aqui.
— No Espírito Santo.
— Como é que você sabe?
— Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
— É. Mamãe escreve todas as semanas.
— Ela é professora?
— Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
— Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
— O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
— Pois é...
— No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
— É.
— Más notícias?
— Meu pai. Morreu.
— Sinto muito.
— Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
— Foi por isso que você recomeçou a fumar?
— Como é que você sabe?
— De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
— É verdade. Mas consegui parar outra vez.
— Eu, graças a Deus, nunca fumei.

— Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...

— Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
— Você brigou com o namorado, certo?
— Isso você também descobriu no lixo?
— Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
— E, chorei bastante. Mas já passou.
— Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
— É que eu estou com um pouco de coriza.
— Ah.
— Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
— É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
— Namorada?
— Não.
— Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
— Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
— Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
— Você já está analisando o meu lixo!
— Não posso negar que o seu lixo me interessou.
— Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
— Não! Você viu meus poemas?
— Vi e gostei muito.
— Mas são muito ruins!
— Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
— Se eu soubesse que você ia ler...
— Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
— Acho que não. Lixo é domínio público.

— Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
— Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
— Ontem, no seu lixo.
— O quê?
— Me enganei, ou eram cascas de camarão?
— Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
— Eu adoro camarão.
— Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
— Jantar juntos?
— É.
— Não quero dar trabalho.
— Trabalho nenhum.
— Vai sujar a sua cozinha.
— Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
— No seu lixo ou no meu?


[1]Texto preparado pelo autor para a Oficina Pedagógica “A Questão Ambiental do Ensino de Geografia”, desenvolvida pelos professores Ênio Serra dos Santos (Faculdade de Educação/UFRJ), Telma Mendes Silva (Depto. Geografia/IGEO) Rosalina Maria Costa (Colégio de Aplicação /UFRJ) e Vânia Nunes Morgado (Colégio de Aplicação/UFRJ), 2007, Depto. Geografia/UFRJ.

[2]Utilizamos resíduos sólidos e lixo como sinônimos.

[3]O termo dejetos tem um sentido mais amplo, que compreende além do lixo, as águas servidas, excrementos, etc.

[4]Para a história da relação do homem com o lixo e com a degenerescência dos objetos e dos corpos, ver EIGENHEER, Emílio Maciel. Lixo, vanitas e morte. Niterói: EdUFF, 2003, 196p. Creditamos todas as referências históricas do texto a essa obra. Em alguns momentos deixamos de indicar a presença de seu texto apenas por comodidade.

[5]HUGO, V. [s. d.] apud EIGENHEER, op.cit.

[6]MUMFORD L. , (1965) apud EIGENHEER, op. cit.

[7]BERRÍOS, M. R. O lixo nosso de cada dia. Manejo de resíduos: pressuposto para a gestão ambiental. J. O. Campos, R. Braga, P. F. Carvalho (orgs.). 1.ed. Rio Claro: Laboratório de Planejamento Municipal – DEPLAN – IGCE UNESP, pp. 9 – 39, 2002.

[8]Nos baseamos aqui na distinção feita entre l´ordure e le déchet por GOUHIER, Jean. De la décharge au territoire de qualité: évolution de la place dês déchets dans la société. De la décharge à la déchetterie. Question de géographie des déchets. J. Bertrand (org.). Rennes: Presses Universitaires de Rennes, Collection “Géographie Sociale”, pp. 17 – 57, 2003.

[9]Texto de Luís Fernando Veríssimo, extraído do livro O Analista de Bagé (Porto Alegre:Editora L&PM, 1981). http://literal.terra.com.br/verissimo/porelemesmo/porelemesmo_lixo.shtml?porelemesmo


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Texto complementar


LAYARGUES, Philippe. O cinismo da reciclagem: o significado ideológico da reciclagem da lata de alumínio e suas implicações para a educação ambiental. LOUREIRO, F.; LAYARGUES, P.; CASTRO, R. (Orgs.) Educação ambiental: repensando o espaço da cidadania. São Paulo: Cortez, 2002, 179-220.


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